Desculpa?
Porque é que uma simples palavra deve sarar todas as feridas feitas por um acumular de saturação e de mágoa?
O que tem esse “Desculpa” de tão especial, para me deixar a sorrir?
Não é suave como a tua mão quando me toca!
Não é doce como o teu beijo!
Não é aconchegante como o teu abraço!
Não é sentido como o teu olhar!
Então porque terei eu de aceitá-lo, e guardá-lo como se fosse a chave para a tua redenção?
É apenas uma articulação de gestos e sons vocais, que nem o teu olhar sincero acompanha. É apenas isso. E nem isso chego a sentir, nem esse pouco sentido dessa palavra usada sem desgasto, me chega a tocar no coração!
Porque deverei eu mudar tudo o que sinto em prol dessa palavra?
Achas que me basta? Achas suficiente?
Para quem exige tanto, estranho esse desenrolar de argumentos!
…
Não quero esse “Desculpa”!
Nem esse nem qualquer outro!
Guarda-o em ti!
Talvez te sirva de tanto, quanto achas que me vale agora, quando eu me for embora!
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