Divagações de uma noite de sonhos acordados...

segunda-feira, setembro 25, 2006

Desculpa?



Porque é que uma simples palavra deve sarar todas as feridas feitas por um acumular de saturação e de mágoa?

O que tem esse “Desculpa” de tão especial, para me deixar a sorrir?

Não é suave como a tua mão quando me toca!

Não é doce como o teu beijo!

Não é aconchegante como o teu abraço!

Não é sentido como o teu olhar!

Então porque terei eu de aceitá-lo, e guardá-lo como se fosse a chave para a tua redenção?


É apenas uma articulação de gestos e sons vocais, que nem o teu olhar sincero acompanha. É apenas isso. E nem isso chego a sentir, nem esse pouco sentido dessa palavra usada sem desgasto, me chega a tocar no coração!


Porque deverei eu mudar tudo o que sinto em prol dessa palavra?


Achas que me basta? Achas suficiente?

Para quem exige tanto, estranho esse desenrolar de argumentos!




Não quero esse “Desculpa”!

Nem esse nem qualquer outro!

Guarda-o em ti!

Talvez te sirva de tanto, quanto achas que me vale agora, quando eu me for embora!