Divagações de uma noite de sonhos acordados...

sábado, julho 29, 2006

Queria não ter dúvidas, e somente certezas.
Queria ter a certeza de que as minhas dúvidas são normais.
Mas são muitas as vezes em que duvido da dúvida que me acompanha.
Outras tantas... tenho a certeza que ela existe.
São tantas as vezes em que me sinto dividida, sem saber o que fazer à minha dúvida...
O que preciso saber é se a dúvida é realmente dúvida..
Ou se não será ela por si só, uma certeza...

quinta-feira, julho 27, 2006

Desejaria que te lembrasses de mim,
mais que uma vez.
Que nunca esquecesses o meu nome,
Que certas palavras fossem, de facto, direccionadas à minha pessoa...

Desejos,
Sonhos,
Pensamentos... ?



Não.
...Ilusões.
São apenas ilusões.
Não sou e nem nunca devo ter sido especial ou importante a esse nível.
Talvez por culpa minha...
Agora é tarde demais.

Há coisas que nunca mudam,
gostaria que isso fosse verdade, mas não acredito.
Parece que agora é tarde demais....

terça-feira, julho 18, 2006


...O tempo não cura, habitua.

A dor é a fuga ao hábito,
mais vale sofrer
do que esquecer.

E depois vem o hábito
instala-se, e sofremos,
sem quase o saber...

sexta-feira, julho 14, 2006

Continuo no meu cantinho,
por vezes chorando baixinho..

Aos poucos as lágrimas vão desaparecendo
no silencio da noite.
O frio vai apertando mas esta alma já é fria,
não consegue gelar mais.

Quando abrir os olhos, talvez já não me lembre do que se passou.
Quando abrir os olhos, talvez não saiba onde estou.
Quando abrir os olhos, finalmente tudo acabou.

terça-feira, julho 11, 2006



Gostava de me conseguir levantar de novo..

Gostava de fingir que nada aconteceu..
Gostava de conseguir ser alheia a toda esta situação..
Mas a preguiça, o desalento e a derrota já tomaram conta de mim.

Para quê lutar?
Para quê insistir em algo que sei que não vale a pena?

Nem sei se quero aquilo que busco...

Não!
O melhor é esquecer, ou pelo menos tentar...

No fundo só quero um canto para ficar até me conseguir levantar de novo, nada mais, do resto já desisti.



"Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na busca de um bem definitivo
Em que as coisas de Amor se eternizassem "

Sophia de Mello Breyner


domingo, julho 09, 2006

.Everlasting love.


não é nada fácil andar atrás das coisas que nos fogem pelos dedos... como as ondas do mar, o vento, os teus cabelos e as minhas palpitações, o teu sorriso ou os nossos suspiros.


também não é nada fácil ser refém das palavras que roubaste ao mundo, aos dicionários ou à minha boca. como as que ouço pelo ar, como as que dançam, as que choram ou as que fogem da razão.

fácil não é escolher temas para a banda sonora do teu acordar... como os que sonho durante a noite, os que roubo à madrugada, os que canto ao sol ou componho ao luar.

amar-te também não é fácil. Porque fáceis são as canções que se dançam, mas não se sentem, que se conhecem, mas que não se guardam...

mas mais difícil ainda era viver sem ti. sem fazer das letras uma frase feita...

sexta-feira, julho 07, 2006

hug me...

As vezes apetece tanto. Apetece e é o suficiente.
Para nos sentirmos reconfortados, alentados, para serenar inquietudes, calar gritos de medo, secar lágrimas de tristeza.
Sempre me fascinou o seu grande poder. De tão simples que é. Também o há de circunstância, mera formalidade. Mas falo do outro, o espontâneo, adivinhado, sentido, desejado. Porque esse só pode transmitir: afecto, ternura, carinho, amizade, amor.
Depende de quem o dá, mas quem o recebe, grato nunca o esquece....


....Esse abraço que as vezes tanto apetece!

quarta-feira, julho 05, 2006

dreams...

Esta noite voei..
Vagueei na imensidão dos sonhos,
E sem a tua permissão fui visitar-te.
Estavas a dormir, não te quis acordar.. contemplei-te da janela, o teu sono era profundo. Avancei um pouco, cuidadosamente para não fazer barulho, seria uma pena acordar-te..
Estavas deitado na cama, o lençol cobria a tua figura deixando a descoberto apenas o rosto.
A luz da Lua incidia sobre a cama e tocava no teu cabelo, fazendo-o brilhar ainda mais.
Sentei-me na pontinha da cama e fiquei a olhar-te. Todas as recordações vieram à minha cabeça, vivi-as momento a momento em escassos segundos... Revi o teu sorriso, os teus olhos sempre observadores, uma postura calma a quem o Tempo não rouba tempo...
O que aconteceu, aconteceu e chegou ao fim nesse dia, assim como qualquer coisa boa de um dia.
Relembro ainda as nossas conversas, os momentos passados...
As lembranças estão a chegar ao fim, ainda dormes, não sabes que estou aqui, tambem não te vou dizer.. seria inutil...
Chegou a hora...
"não quero, não quero" diz uma voz interior... Respiro fundo e digo baixinho "tem de ser".
Olho para ti uma ultima vez, nunca mais te verei e hoje levo uma boa recordação, és de uma beleza infinita quando dormes...
É hora de me despedir...
Passo a mão pelo teu cabelo e deixo um demorado beijo na tua testa em sinal de respeito, seria feio aproveitar-me, tu dormes... não sabes que estou aqui.
Levanto-me, caminho em direcção à janela, olho-te de longe e digo:
"Adeus"...



De que serve chorar se nada muda?
Resta apenas a resignação.
Nada mudou, sou a mesma.
De cabelos ao vento e olhar vazio.

segunda-feira, julho 03, 2006


Com as minhas lágrimas fiz um mar, na maré baixa procurei teu consolo e não achei. Senti a tua falta. Senti a falta do teu carinho para atenuar a minha dor, a falta da tua presença em mim, como me habituaste quase sempre. Senti falta de ti. Hoje sinto-me só.

Na solidão embriago-me com a tristeza que me mata a pouco a pouco e com as lágrimas que correram e ainda correm. Na noite fria não me aconchego, tremo de frio, mas também de saudade, de tristeza e de solidão. Tremo com falta de ti, porque me viciaste com teu cheiro, com teu toque, com teu carinho e presença e já não sei viver sem ti. Choro porque frio... te não quero. Sinto falta de ti como eras, no princípio de um sonho que juntos sonhámos, na ilusão de um momento que julguei eterno. Volta para mim. Volta com o teu carinho, com o teu amor, amizade e paixão que me arrepiavam os sentidos explodindo num orgasmo de felicidade. Volta para mim amor meu, que para sempre te espero...