Não consegues ver que só quero amor? Não quero palavras nem promessas nem simpatia...só amor e amor a escorrer de ti e de mim, como mel ou como açúcar derretido a correr-nos pelas veias e quero correr contigo num campo aberto com flores vermelhas amarelas e laranjas por toda a parte, fazendo cócegas nos pés e atirando-nos ao chão e fechando-nos num abraço forte e quente, eu e tu, tu e eu... nós num abraço, numa mistura de dois na singularidade do nosso amor! No meu sangue correm substâncias que não conheço mas que só podem ter sido feitas naquele grande caldeirão onde as flores vermelhas se desfaziam em pequenas borboletas cor de fogo que voavam em círculos à nossa volta e nos levavam nas suas asas até ao mais alto dos abismos onde havíamos de cair até que os nossos corpos se desfizessem no ar e se tornassem pura energia, puro vermelho girando à sua própria volta e formando todas as estrelas, a lua, o sol e os nossos olhos brilhando cá em baixo, enquanto olhávamos o céu deitados na relva fresca, de mãos dadas e sorrindo na nossa felicidade...
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